13.9.08

What about cocaine?

Quando eu morava nos Estados Unidos achava que todo mundo que tinha algo de bom fumava maconha. Não que todo maconheiro fosse gente boa, mas que para entrar nos classificáveis tinha que gostar pelo menos um pouco da coisa.


A coisa radicalizada como era em Wisconsyn começou a quebrar um pouco essa minha viagem. Lá, o povo era tão dividido entre os caretas e os doideiras que eu comecei a gostar de não ser nenhuma coisa nem outra. Também contou ter levado um pé na bunda de uma linda, loura e viciada saxofonista.


Passei anos tentando aprender a gostar de fumar. Até admitir que odeio fumaça e aquilo só me causa sono e fome. De uns tempos para cá, vi as pessoas que convivem comigo passarem a cheirar pó. Testei e vi que aquilo sim é uma droga que encaixa comigo. Por isso mesmo, decidi parar de primeira.

Tenho uma relação interessante com drogas. Testei quase tudo. Mas tenho família para cuidar e não vou me submeter ao submundo. Ao mesmo tempo, porque não aceitar um romântico presente de uma paquera de domingo de Carnaval? Um dos presentes mais carinhosos que recebi foi uma pastilha de ectasy.

Finalmente percebi que eu estava errado. Não existe aquela história de que maconha não vicia. Eu sempre ouvi isso calado, porque o fumo só me dá menos vontade de fumar cada vez que tenho contato. Só que sei que enquanto busco no meu dia-a-dia ficar mais ligado, tem gente que vai encontrar no THC a maneira de abrir a imaginação. E acaba psiquicamente dependente.

A sensação de poder que a cocaína causa é realmente uma coisa que ambiciono. Mas só acho que se entrar fico mais longe ainda de conseguir aquele tipo de comportamente por mim mesmo. Sou careta mesmo, não tem jeito.

Ps: Cocaína ficou barato ou esse povo todinho tá roubando?