27.7.08

Restaurant Week


Eu fui e devo admitir: gostei. Adoro essa frescura de entrada, prato principal e sobremesa. Por mim ainda tinha a sessão dos queijos. Por um preço razoável, melhor ainda. Mas a grande descoberta da semana foi aqui do lado do trabalho.

No último livro de Anthony Bourdain (Maus Bocados) um conto fala de um restaurante em Nova Iorque onde se pode comer os mais tradicionais pratos da old school francesa. Eu adorei descobrir um PF que tem uma galinha de cabidela feito eu não comia há séculos. O arrumadinho. A rabada ainda não encarei, pesada demais, mas parece estar no mesmo nível.

Uma esperiência prazerosa tem sido ir almoçar no boteco aqui do lado do trabalho. E fiquei dando mais valor à idéia de Fernando e Marta. Só preciso achar uma mangueira com uma sombra bem gostosa. Pode ser jambeiro também. Um restaurante com esse cardápio e com uma apresentação interessante realmente falta em Recife.

Por enquanto, fico feliz em chamar os amigos para um jantar lá em casa. E de abandonar o Shopping Guararapes de vez. A verdade é que Praça de Alimentação é a pior idéia que se pode ter para o almoço. Acho que estou com fome.

14.7.08

Distância e outros sentimentos


Recebi a mensagem numa segunda-feira de manhã. Desses dias que a gente acorda disposto a fazer as coisas diferente. Fui correr no Sítio da Trindade, depois de fazer um café reforçado. Passei na casa do meu filho, enchi o pneu da bicicleta dele e deixei uns morangos de Gravatá. Nem deu para dizer a ele que era para depois ele saber se o de São Paulo ainda é melhor do que o daqui. O pirralho passou a noite com febre e estava dormindo, sexta vai para a casa da vó, curtir essas férias de meio do ano.

Quando cheguei aqui em Jaboatão, recebo a mensagem no e-mail.

"Queridos amigos,
Sempre pensamos que as distâncias foram feitas para serem diminuídas e gostamos de pensar que somos compostos por todas aquelas pessoas que cruzamos alguma vez. Ao lado da praia e quando o sol se retire, desejamos estar com vocês nesta noite um pouco mais especial.
Um abraço
Nuria e João"

Fiquei aqui com os olhos cheios de lágrimas. Num sentimento de felicidade e saudade simultâneo. Outra vez, um outro João, me chamou para ser padrinho do casamento dele e eu não pude ir. Nesse 26 de julho, novamente não vou poder estar com essas duas pessoas tão queridas. Tive a chance pelo menos de conhecer eles dois na intimidade de Lisboa, quando o namoro era só um foguinho gostoso.

Fico feliz por ele ter me lembrado que naqueles dias tão felizes regados a vinho português disse a ele que aquela mulher tinha a cara dele. É um casal bonito pra caralho! Não é todo dia que a gente encontra uma catalã que sobe as ladeiras de Olinda e parece que é só mais uma pessoa se divertindo naquele Carnaval. O cara olha para a pele branca e pensa, é gringa. Vê ela fazendo graça e fica com certeza, é nada.

João meu querido. Pode ter certeza que nesse dia 26 estarei tomando um vinho português e outro espanhol e de entrada uma cachacinha que é para não desmerecer, pensando em vocês com muito carinho.

Da próxima vez que nos encontrarmos estarão casados. Com um pouco de sorte, espero vê-los com o mesmo fogo de namorados que estão sempre se surpreendendo com novas facetas de um e do outro.

Beijos

Dado