Quando subiram os créditos, as meninas que estavam comigo resumiam tudo na frase "um cara desses eu não tinha problema de dividir". É, o filme trata do velho sonho de poder estar abertamente com duas pessoas ao mesmo tempo. Recém separado, o artista ainda mostra as dores de um amor mal resolvido. Mas tem o poder de atrair todo o amparo sexual que três mulheres lindas podem lhe proporcionar.
Daquele jeito é até fácil esquecer um grande amor. O cara mora na cidade mais linda do mundo e com os olhos esbugalhados consegue ir seduzindo as suas presas e depois convidando-as para entrar em seu mundo particular de sentimentos ainda não resolvidos. Ele diz a uma de suas amantes: "minha ex-mulher era perfeita, mas faltava alguma coisa em nosso relacionamento" e daqui a pouco a personagem de Scarllet Johanson já está encarando a tarefa de se tornar o vértice que completou o triângulo. Pena para ele que se perfeição existe não é eterna.
Entra no hall de filmes perfeitos para esquentar um casamento ou para garantir uma boa noite de sexo para os solteiros. Mas, honestamente, ninguém espere a densidade dos conflitos psicológicos de outros clássicos de Woody Allen. Com a idade a gente vai precisando simplificar a vida e os nossos trabalhos também. Não deixe de ir ver bem acompanhado.
Interessante como os filmes só mostram triângulos sexuais/amorosos entre duas mulheres e um homem. Vou escrever alguma coisa sobre uma mulher e dois homens qualquer dia desses. Tempos modernos, nem tanto. É o que Woody Allen me mostra.