12.4.06

Quando eu morrer, me enterre na latinha, time de fresco, é aquele da Cobrinha

Eu não quero missa de Sétimo Dia.

Quero que Mateus se lembre de mim num beco escuro de Paris.
Que Rafa quebre uma lança-perfume de tanto cheirar nas ladeiras de Olinda.
Que Julia durma tranquilamente no quentinho de uma rede numa praia bem deserta.
Que Dani ria de uma roubada maior ainda do que a que já meti ele.
Que Julio aumente dez vezes o quanto ia falar mal de alguém em minha homenagem.
Que Chico faça um filho mais bonito que o do pai dele.
Que Bruna tome banho na água mais verde que Olinda possa ter.
Que Paulinho fique tratando uma belota enorme para fumar sozinho e sem pressa.

E eu vou estar com as pernas em cima da mesa, comendo uns pãezinhos de queijo, esperando o prato preferido do meu pai, lá no Marruá do Centro de Convenções. O céu existe!

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