Foi a primeira vez que a vi daquele jeito. Falamos pouco aquela noite. Mas reconheci em todos os seus poros a novidade. Eu a puxei para a cama e fizemos amor. Sua sobrancelha desarrumada. Os movimentos da boca. E especialmente quando senti o suor entre as suas pernas. Ela achou que eu estava com raiva. Senti isso enquanto ela prendia os lábios com os dentes. Só pensei que poderia mostrar para ela como poderia ser mais gostoso ainda. Ou não. Ela não gozou, e disse que o problema era dela. Penso, não nos encontramos nem em pensamentos. Por mais que nossos corpos estivessem entrelaçados. Ou quase isso. Dormimos e ela roubou o lençol. Quase nada. Continuamos juntos por meses ou anos à fio. A coisa hoje se perde na minha mente. Mas sinto que deixamos naquela noite uma centena de quilos da nossa leveza. Dali em diante, eu a estava enganando. Evitei que a dor se espalhasse pelas minhas entranhas. Mesmo assim não consigo decepar esse pedaço de mim. Minha vadia. Linda, sempre.
Ps: Fiz pensando no de Julieta. www.vacatussa.com
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