Um amigo me fala que vou representar a humanidade na capa de um livro de Antropologia. Claro que eu sabia que isso não daria certo. Fui logo para o meu lado masoquista. Deveria ter fugido dele, mas no dia seguinte estava fazendo uma foto que denigre minha imagem mais do que qualquer outra coisa que tenha feito na minha vida.
Para a maquiadora expliquei que depois daquilo teria obrigatoriamente de emagrecer;
Para o assistente do fotógrafo disse que estava fazendo apenas para ter uma desculpa para raspar o cabelo;
Luiz Santos me jurou de pés juntos que eu ficaria irreconhecível;
Para mim, foi apenas mais um episódio interessante de auto-conhecimento.
É claro que tenho essa tendência a gostar de escrachar. Mas podia ser em coisas que me engrandecessem e não nas que mais me incomodam. Como a gordura. Quem não gosta de mim, pode ficar sabendo que isso me incomoda realmente. Engraçado que minha namorada mais recente adorava minha barriga, para extremo incômodo meu. Não era aquele papo para fazer feliz um gordinho. Era tesão mesmo! Vai entender?
Qual o lucro em posar nu em uma posição extremamente incômoda, que além de agigantar minha barriga, me fazia tremer sem parar? Bem, pelo menos estou comendo mais salada. E foi engraçada minha conversa com a maquiadora naquela situação esdrúchula. Se eu tenho orgulho próprio naquela situação é prova de que realmente não tenho mais o que amadurecer.
A verdade é que enquanto estiver com o cabelo raspado vou ter um motivo bem interessante para lembrar de fazer regime. E até agora ainda consegui não ver essa foto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário