1.12.03

De volta em casa

Só Dado tem escrito. E sobre tudo quanto é tema possível. Não vai restar nada para eu comentar. Mas minha ausência tem uma explicação: viajei logo após o lançamento do Blog. Outra coisa que prejudica a minha participação: a inexperiência de Dado no manuseio desse troço. Ele me “deletou” da edição, e agora eu não tenho como adicionar textos... Azar o dele que fica com o trabalho em dobro: tem que colocar os dele e os meus.

Como eu disse acima, passei uns dias viajando (com Buí). No total, foram mais de 30 horas de ônibus e pouco mais de 60 horas de Chapada Diamantina. A beleza e tranqüilidade da região quase foram comprometidas pelo grupo com o qual nós estávamos – um bando de matutos de Belo Jardim. Sem preconceitos. Fui de mente aberta. Mas tolerância tem limite. E esse limite é pessoas irem para a Chapada e fazerem caminhadas bebendo cerveja, fumando cigarro e reclamando do cansaço. Puta que o pariu! Mas aí eu e Buí nos distanciávamos um pouco e logo o som das águas, das plantas e dos pássaros nos faziam esquecer que a alguns metros dali encontravam-se uns selvagens de Belo Jardim.

A volta foi tranqüila. Obrigado ao inventor do Discman, que nos possibilitou escutar Tortoise, “Jackie Brown”, Dave Brubreck, etc., enquanto o micro-ônibus estava em clima de Recifolia ao som de Cheiro de Amor, Chiclete com Banana e Magníficos (todos “ao vivo” e de péssima qualidade – em todos os aspectos).

A chegada a Recife é anunciada a quilômetros de distância: os prédios de BV nos indicam que estamos chegando no paliteiro Recife. Ao chegar na cidade, por volta das oito da matina, somos recepcionados pela Folha de Pernambuco: “Adolescente assassinado na UFPE”. Como é bom estar de volta em casa!

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