14.5.07

Alexander - 702 Norte

Estava na casa de Bernardo. Mas César tinha acabado de sair quando passei lá.

Fui andando para o território santista de Brasília. Sem camisa do Sport. Estava fazendo o reconhecimento. Vi o jogo do Palmeiras quase todo. Tinha gente torcendo para tudo quanto é time, resolvi ficar na TV pequena. Ali tinha de tudo, palmeirenses, flamenguistas, botafoguenses e até gente que estava só tomando uma no domingo de tarde.

Quase na hora do jogo, chegou o pessoal que eu tinha marcado. Resolveram ir para a área dos santistas, porque o pai de Maria (são paulina) é um deles. Ficamos eu e Caetano meio acuados ali. “Trouxe um casaco do Sport”, ele me disse. Mas ficou aguentando o frio. Não tinha clima para isso.

Dois minutos de jogo. 1X0 para o Santos. Comecei a falar da vida. Seu Melo também acabou de chegar em BSB. Também é assessor de imprensa de petista, Marta Suplicy. Também já foi de redação. Se sente um pouco mais petista que jornalista (essa não teve também). E, ao contrário de mim, estava torcendo pelo Peixe e feliz.

Quase não vi quando Weldon empatou o jogo. Mas quando Fumagalli ajeitou a bola para bater eu já estava ligado de novo.

- Ele nunca fez gol dai na vida. (ouvi alguém dizer na mesa da frente)

- Isso pelo Santos. No Sport ele faz toda semana. (menti, eu admito!)

Combinei com Caetano. Se for gol a gente comemora. Tá lá! Muito bem batida a falta. Se Pedrinho fez o primeiro à Juninho Pernambucano. Fumagalli respondeu no melhor estilo Zico.

- Que é isso ai.

- Aqui é lugar para homem.

- A gente que comprou essa TV.

- Gente. Estamos acompanhando dois santistas aqui…

Seu Melo ainda fez o H para não ter problema mesmo.

- Como é que faço para entrar na cota também.

E Caetano tentou contemporizar minha incitação.

- Quarta-feira a gente vem aqui torcer pelo Santos.

Depois Durval fez mais um gol de cabeça. E Washington perdeu duas vezes e na terceira finalmente marcou. Bom para pelo menos Weldon saber que precisa fazer gol para se firmar como titular no Brasileiro.

Pontos fracos do time: o lateral-esquerdo Bruno, o goleiro Magrão e os dois centroavantes (esses dois eu espero que me mostrem o contrário).

Pontos altos: Fumagalli (é o único que pode liderar o time para uma grande campanha), a zaga e os meia-ofensivos Vitor Júnior e Luciano Henrique.

Vão ter que mostrar o talento ainda: os tricolores Carlinhos Bala, Rosembrik e Osmar. E os volantes, que não tiveram trabalho contra o time reserva do Santos.

Agora só falta achar um bar para ser território pernambucano em Brasília. Torcer à Fred Amorim hoje em dia é perigoso demais. Mas digamos que foi prazeroso me lembrar de quando meu pai me levava para o Arruda e a gente ficava no meio da torcida do santinha.

Me fez lembrar do grito do meu pai no meio da torcida do Flamento em pleno Maracanã:

Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaasccccooooo!

Domingo tem mais. E eu admito, vou torcer pela vitória do Sport e pelo gol mil de Romário. Pelo Sport (quase) Tudo!

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