12.12.07

O Franciscano

Dar sua cara à tapa. Oferecer a outra face. Não acredito mais em sair apanhado e satisfeito. Mesmo assim, fico feliz com o que fez o senador Pedro Simon. Mesmo ele tendo levado uma pisa.

Cristovam Buarque, Eduardo Suplicy e José Nery começaram um movimento para indicar o gaúcho para a presidência do Senado. Queriam um homem público respeitável que começasse a refazer a imagem do Congresso Nacional, mais derrubada do que nunca após o apogeu do paulista Chinaglia e dos "severinos" Calheiros e Sarney.

O senador segurou até o último momento a sua vontade de assumir um papel relevante em Brasília. Mas acabou assumindo a candidatura, para uma derrota eleitoral por 13X6 dentro da Bancada do PMDB. Foi derrotado pela força do Governo Federal, que teme qualquer sinal de independência. E pela união de Calheiros e Sarney, que preferiram colocar um peixe morto na cadeira para guardarem a vaga deles para a próxima eleição.

O franciscano expôs mais uma vez sua situação: "tenho sido discriminado no PMDB nos últimos dez anos. Recebi um manifesto de apoio, com a assinatura de 34 senadores, que o partido nem sequer levou em consideração. Sou discriminado pelo Lula, pelo líder do partido e pelo Sarney". Teimo em acreditar que seria interessante uma voz na Presidência do Senado a trazer novos assuntos e levantar questões esquecidas pela "mão em que falta uma falange".

Apanhou. Mas registrou nos anais do Senado, no Estadão e aqui no blog agora a fantástica frase do Sarney: "Não serei candidato a nada na minha vida. Nem daqui a um ano, nem nunca mais na minha vida". Se fosse verdade teria sido pelo menos uma vitória parcial.

Se...

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