Coordenadora da Rede Latino Americana de Educação Popular Entre Mulheres (Repem), a uruguaia Lucía Hornes esteve no Recife para conhecer o Orçamento Participativo implantado pela atual gestão da Administração Municipal. Ela ficou impressionada com a quantidade de mulheres presentes à plenária da última sexta-feira, na Imbiribeira, e elogiou a iniciativa da Prefeitura de abrir um espaço para se escutar as demandas da população.
- Dá para perceber a necessidade de falar que essas pessoas têm e é interessante que elas acabam falando sobre assuntos que nem são normalmente resolvidos pelo Município. Não conheço outro lugar em que a população solicite emprego para os governos locais -disse ela, impressionada por entre as opções de votos existir Trabalho e Renda (que é, como a questão da Segurança, assunto prioritário dos Governos Federal e Estadual).
A entidade representada por Lucía agrega 140 ONGs e foi criada há 21 anos. Em Montevidéu, o Orçamento Participativo funciona de maneira diferente do recifense e não conta com a participação direta da população, já que são eleitos conselheiros (como era feito no Recife, antes da gestão de João Paulo). O modelo existente aqui foi considerado muito positivo e a liderança viu diversos pontos positivos na maneira em que o processo está sendo realizado.
- Antes a gente não discutia. O OP nos faz sair de casa e discutir questões de nossas cidades. É bonito ver o setor popular vinculando Saneamento à Saúde, como acontece aqui. Emocionou-se a liderança.
A coordenadora do Repem veio a Pernambuco à convite da Prefeitura do Recife, através da Coordenadoria das Mulheres. Ela pretende fazer um estudo comparando a participação feminina nos processos participativos das cidades de Montevidéu, Porto Alegre e Recife. Lucía acredita que as experiências de Orçamento Participativo brasileiras são importantes para que outros países da América Latina repitam o que está acontecendo no nosso País.
- O Brasil é modelo por ser o maior de todos e as boas experiências daqui já estão sendo adotadas (com adaptações) em diversas cidades do continente.
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