O ideal de beleza que persigo, isto é meu e morrerá comigo.
O que houve, o que há, o que haverá de mim para contigo, isto é meu e morrerá comigo.
A mágoa que não conto ao mais dileto amigo, isto é meu e morrerá comigo.
O remorso de ser joio entre o trigo, isto é meu e morrerá comigo.
O que me dilacera e finjo que não ligo, isto é meu e morrerá comigo.
O que hei de levar ao derradeiro abrigo, isto é meu e morrerá comigo.
E o que eu quero que inscrevam em meu jazigo, isto é meu e viverá comigo.
João Ettiene
- Publicado na coluna nacional de Sebastião Nery.
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