30.3.04

O PT e a greve

João Paulo deve ficar se roendo no gabinete querendo descer e aderir ao dia de greve que os funcionários do Prefeitura do Recife organizaram hoje. Na verdade, ia ser um grande evento um discurso do prefeito do lado da kombi com o auto-falante (já que não tem palanque, nem carro de som). É claro que a vaia ia ser grande, mas duvido que ele não conseguisse falar no microfone, já que todos os organizadores são companheiros e companheiras. E ia dar um Ibope danado, com certeza saia no Jornal Nacional, como mais um momento do PT dividido entre o poder e a tradição de protestar.

Pelo menos eu fico com vontade de participar e tenho uma saudade danada das greves que minha mãe organizava quando era presidente da Associação dos Docentes da Católica. Orgulho danado que dava de chegar com ela e ouvir que o portão estava sem carro nenhum na frente porque estavam esperando ela estacionar o fusquinha branco (já que havia uma idéia de que o carro dela o reitor ia respeitar? Duvido. Se fosse para ir para o confronto rebocavam até o carro do Papa).

Bem. Um porcento de aumento no ano passado foi foda. Espero que saiam pelos menos os 4% que o pessoal fala. Afinal, é ano de eleição. E se o santo baixar no ano que vem ele acaba umas três secretarias (encabeçadas pela de Comunicação) e gasta o que economizar com os companheiros exonerados aumentando o salário dos funcionários todos. Eu sempre tenho a vontade de diminuir o número de cargos comissionados no serviço público, mesmo que esteja nesse tipo de trabalho. Mas a verdade é que vejo pouco excesso, é mais fácil ver pouca qualidade. Mas aqui na sala num tem esse problema não (a última frase foi só para Elton num pensar que estou revoltado demais).

Sugestão óbvia: 13% de aumento.

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