11.1.05

Satisfaction

O título não tem nada haver com o que vou escrever. É só porque tentei pensar na primeira coisa que achasse prazerosa. A imagem foi essa música. Muito tesuda. Foi uma forma de buscar forças para escrever aqui.

A coisa que mais meu pai gostava de fazer (segundo ele próprio) era comer. Ele era um cara namorador pra caramba e tal (mamãe reclama até hoje), tinha uma vida Política intensa, tinha uma paixão incrível por jazz, mas me lembro muito bem dele dizendo isso na mesa do Marruá. Por sinal, deveria fazer uma homenagem a ele antes desse Carnaval e ir comer os melhores pães de queijo do Recife (já que aquela carne flambada eles não fazem mais mesmo).

Eu não. Gosto muito de comer, tenho um prazer enorme em escrever e criar, gosto de viajar e de conhecer gente nova como a maioria e acho que até vivi alguns amores (se não dois, pelo menos um com certeza). Mas tenho certeza que escrever dois ou três livros e fazer meia duzia de filmes, ou trabalhar a vida toda num puta jornal mesmo como Ombudsman ou cargo ainda mais importante, não me daria a realização de entregar uma vida para o bem público.

Caralho, Política é outra coisa e eu continuo acreditando. Agora dá uma vontade da porra de querer basear sua realização numa coisa mais simples. É muito fácil ser ator João Lima! Como eu queria ter como adversário um piano ou a direção de um ônibus. Mas vou seguindo esse caminho acreditando que essa minha geração ainda aprende a se organizar. Afinal, já diria Chico Science...

Satisfação Zero deveria ser o título desse post.

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