31.10.06

El Metodo

Cinema argentino para mim é algo que tem agradado sempre. Já tinha ido para os dois filmes anteriores de Marcelo Pyneiro então minha expectativa era grande, porque gostei bastante de Plata Quemada e Kamtchatka é um dos meus preferidos na safra atual de cinema latino-americano.

Esse terceiro também é bem interessante. Nem senti falta de Buenos Aires (que me fez gostar até de um documentário em estilo iraniano sobre a vida de Jorge Luiz Borges), talvez um pouco de Barcelona, onde o filme se passa. É que a história todinha se desenrola dentro de uma sala onde acontece uma seleção para um cargo de executivo de uma multi-nacional.

Sempre me achei craque de seleção. Na verdade, nunca cheguei à fase das entrevistas para não passar. Lembro bem da minha primeira vez tentando vaga em um jornal. A psicóloga me pergunta sobre um defeito meu: falei uns dez minutos sobre como vinha enfrentando minha timidez desde que resolvi entrar no curso de Jornalismo.

No fim ela ficou duvidando que eu realmente tinha sido tímido na vida. Mas isso já num clima descontraído que para mim teve um significado simples: estou dentro! Pena que poucos meses depois desisti da Folha de Pernambuco e pela primeira vez tive que enfrentar uma dinâmica de grupo.

Eram umas dez pessoas numa salinha do antigo prédio do Jornal do Commercio. Uma das profissionais espalhou no chão um monte de brinquedos e pediu para que cada um de nós escolhesse um e depois explicasse em que aquele objeto poderia representar um trecho da sua vida.

Me lembro que antes de pegar o barquinho que eu queria uma menina passou a mão nele, então fiquei com um carro de bombeiros. "Essa escadinha desse caminhão me faz pensar em todos os obstáculos que já enfrentei na minha vida, pois tenho aprendido a ir subindo devagar para conseguir atingir meus objetivos", estava sem inspiração, afinal tinha perdido a minha chance de dizer que gostava de dar bobeira, era preguiçoso e meu sonho era ficar balançando num barquinho.

Mas dei sorte, acabei passando por essa fase e sendo beneficiado pela baixa concorrência para a Editoria de Esportes. Entramos eu e Moisés, os únicos que tinham interesse nessa área, enquanto para o Caderno C tinham umas quatro pessoas disputando cada vaga.

Ironia do destino, a menina que pegou o meu barquinho se deu mal na seleção. "Peguei esse barco... Por que ele me lembra uma pessoa muito importante na minha vida... Meu avô... Ele morreu a apenas três meses...". Não era bem esse o tipo de resposta que as psicólogas estavam esperando e a pobrezinha acabou chorando do lado de fora da sala.

Acabei sem falar do filme. É bem mundo real. Apesar de uma cena de sexo meio surreal. Diz muito para quem vive o dia-a-dia de trabalho e ainda achei graça em umas situações muito caricatas. Mas seria uma merda se eu contasse ele todinho. O nome em português é horrível: O que você faria?

Eu, particularmente, demitiria a psicóloga e o tradutor que ela contratou.

30.10.06

Essa festa não é minha

A Praça de Casa Forte estava toda amarela ontem. Gostei da festa. Mas meu prazo de validade expirou exatamente às 17 horas. Quando alguém lembrou que estávamos cercados de prédios construídos na gestão João Paulo, que não haviam sido autorizados quando Roberto Magalhães era prefeito.

Chico ficou brincando na casa de Vaninha com um menino que disse que era a vitória dos primos dele. Falou com João Paulo e Eduardo Campos, depois eu fiz questão de apresentá-lo a um político de Primeira Divisão: Paulo Rubem.

Aqui em Pernambuco sempre se disse que não havia espaço para Terceira Via. Raul Jungman e Carlos Wilson foram alguns dos que sofreram derrotas e o próprio Eduardo Campos antecipou uma mudança no esquadro, quando o grupo de Miguel Arraes deu lugar ao grupo que era representado pelos deputados estaduais Paulo Rubem e João Paulo.

E agora, será que a tríade futebolística vai se repetir na política pernambucana? O Nautico deve ser a União por Pernambuco, grupo de poder aquisitivo alto que consegue se juntar para conquistar um objetivo comum, mesmo havendo grandes diferenças internas. O Sport só pode ser mesmo representado pelo grande balaio de gatos do PT em Pernambuco, só não vou dizer quem fica com o cargo de Luciano Bivar. O Santinha é evidentemente o grupo de Eduardo Campos, que domina as massas como ninguém e com seu populismo de olhos azuis vai levando pelas tabelas muito bem em termos eleitorais, agora vamos ver em termos administrativos.

O PT tem o Governo Federal, os cargos todos que são distribuídos no Estado e a Prefeitura do Recife. O PSB tem o Governo do Estado, a perspectiva de adesões de prefeitos e parlamentares e a facilidade de uma boa relação com o Governo Lula. A União por Pernambuco tem os três senadores (Jarbas - PMDB, Sergio Guerra - PSDB e Marco Maciel - PFL), cidades importantes como Caruaru (onde o prefeito teve mais sucesso eleitoral que João Paulo em 2006) e a perspectiva de conquistar o poder nacionalmente daqui a quatro anos.

Se Eduardo for esperto ele não abre espaço para o PT (João Paulo) continuar crescendo. Isto significa, cooptação das lideranças interioranas e investimento para reconquistar o apoio prioritário do PCdoB (Luciano Siqueira, Luciano Moura e Nelson Pereira devem ter apoio daqui a dois anos ou cargos nesse próximo Governo) e aproximação dos trabalhistas. Fora isso, ele pode investir nas alas que divergem do prefeito dentro do próprio PT (Campo Majoritário, Carlos Wilson e Paulo Rubem).

Daqui a quatro anos é que vamos poder dizer se ficou firmado um trio de grupos políticos mesmo. Ou se a vitória de Eduardo é o declínio de um dos outros dois grupos. O PT perdeu a cara ética e lutadora de quando Paulo Rubem e João Paulo eram deputados estaduais. O PFL está em declínio, mas Jarbas Vasconcelos ainda é a liderança mais importante da política pernambucana.

Minha aposta é que estamos exatamente na estaca zero. Morreram Cristina Tavares, Osvaldo Lima Filho e o PT está em processo de auto-destruição. Voltamos para o velho confronto dos coronéis de amarelo e de azul em Pernambuco. Em termos de construção política o horizonte é enorme. Quanto à disputa eleitoral é melhor se lembrar que faz tempo que Pernambuco não tem dois times na Primeira Divisão. E o Santinha está ai para mostrar que crescer de forma desordenada é a melhor receita para ganhar uma queda abrupta.

Candidatos não faltam para ocupar a cadeira da Cobrinha.

16.10.06

É HORA DE DEBATE COLETIVO E NÃO DE SILÊNCIO INDIVIDUAL

"Os resultados do primeiro turno destas eleições indicam uma guinada conservadora do eleitorado. A política econômica continuísta, as alianças fisiológicas e os graves desvios éticos e ideológicos de petistas e de altos funcionários do governo destruíram a esperança de um enorme contingente da população. E geraram o misto de revolta, apatia e ceticismo que explicam o retorno de figuras execráveis ao primeiro plano da política brasileira e a grave perda de espaço do voto de opinião.

Em uma campanha marcada por regras que não inibiram o uso das máquinas administrativas e o abuso do poder econômico, na qual os escândalos deslocaram o debate eleitoral para as páginas policiais, o Partido Socialismo e Liberdade empenhou-se em trazer à baila as grandes questões nacionais e em mostrar as graves ameaças que pesam atualmente sobre a classe trabalhadora e sobre a Nação."

... (www.chicoalencar.com.br)

Só para mostrar um pouco do sentimento de quem trabalha para fazer Política nesse País. Triste ouvir de Paulo Rubem a frase que ele me disse pouco antes de ver que estava eleito: "A gente vai ter que repensar tudo". É que mesmo os que venceram foram derrotados. Chico fica reclamando a derrota de Antonio Carlos Biscaia (do PT), Paulo a de Roberto Leandro, Ivan Valente também não conseguiu eleger nenhum estadual em São Paulo... Lá no Rio, Marcelo Freixo foi eleito para a Assembléia.

9.10.06

Problema de visão

É muito interessante ler por outro ângulo. Pena que quase ninguém faça isso. Hoje, saiu uma matéria de uma página no Diario de Pernambuco.

Bolsa Família - O risco da dependência.
Programa absorve mão-de-obra da cana.
Patrões apontam dificuldade de recrutar trabalhadores qualificados em plena safra.

Numa das fotos que ilustra a reportagem fica claro o trabalho leve de que se está falando. O trabalhador corta cana com todo o apetrecho que eu nunca vi em Pernambuco: óculos de proteção, chapéu, máscara, mangas compridas, luvas, caneleira...

Fiz a minha consultoria aqui a João Mathias, que já trabalhou em usinas e é natural do Município de Quipapá. Diz ele que existe alguma usina que oferece esses apetrechos. Só que ninguém aguenta trabalhar com tanto calor. Ainda mais, o principal problema do corte de cana, que são as amputações e ferimentos por conta de corte com o facão, não tem como se evitar.

Fui procurar na reportagem quanto as usinas estão pagando pelo trabalho. Infelizmente não tem. Tem toda a análise dos gastos com o bolsa-família, R$ 95 por beneficiado, mas ficou faltando a análise da questão trabalhista.

Tenho certeza que se pagassem alguma coisa que dignamente recompensasse não haveria falta de trabalhadores (na verdade, acho que se existe mesmo esse problema é localizado). Escravidão já passou.

Na Muribeca mesmo pode haver problema de falta de trabalhador porque catar lixo dá mais dinheiro do que cortar cana-de-açúcar, para a Usina Bulhões, que grila terras há alguns séculos por ali. O problema é o Lixão. Vamos deixar de jogar coisas fora.

Eu preciso de óculos, minha realidade está toda distorcida.

4.10.06

O voto da ignorância

A gente mora num puta País de gente que não tem acesso a informação. Não estou só falando da pobreza. É muito doido como o escândalo que envolve Mendonça e R$300 milhões ficou muito menos tempo na mídia do que qualquer assunto negativo que envolvesse Eduardo ou Humberto no Primeiro Turno. E não estou dando esse exemplo porque sou anti-PFL.

Eu fiz um projeto de graduação analisando a primeira eleição de João Paulo para a Prefeitura do Recife só para fazer uma pergunta a ele: "Prefeito. O PT tem usado o discurso crítico em relação à mídia desde o último debate envolvendo Collor e Lula, na eleição de 1989, quando o Jornal Nacional fez uma edição que claramente favoreceu o candidato alagoano. Por quê, ao ganhar na Justiça e provar que a Folha de Pernambuco cometeu crime eleitoral ao publicar pesquisa irregular do Instituto Opine, o senhor fez acordo para não cobrar a multa?"

A resposta dele pouco importa. Pois sair na tangente é especialidade de qualquer pessoa que passe pelo Executivo. Mas é muito triste ouvir dos jornalistas da Folha que ninguém pode falar mal do PT porque o jornal tem uma dívida gigante com o prefeito João Paulo. Assim, como é muito triste ninguém falar da Via Mangue, porque o projeto faraônico favorece os interesses econômicos de um dono de jornal e de um grande anunciante.

Ou seja, temos poucas informações mesmo. Mas nem procurar também é pau. No Primeiro Turno nem falo que eram muitas opções. Mas agora também no Segundo Turno anular um voto me parece coisa de gente irresponsável.

É claro que é difícil escolher entre Eduardo e Mendonça. Os dois têm péssimas influências no Judiciário e péssimos quadros no Legislativo. E um currículo que não ajuda muito. Entre Lula e Alckmin eu fico muito tranquilo para dizer que basta dizer que Lula acabou com a farra das privatizações e o País continua crescendo.

Já votei em Joaquim Magalhães uma vez, para não votar no velho Arraes. Mas dessa vez vou dar meu voto com carinho para Eduardo Campos. Pelo menos ele tem na bancada dele o melhor quadro da nova bancada da Assembléia Legislativa: Ceça Ribeiro. Vai ter influência do PT no seu governo, apesar de agora eu achar difícil que Roberto Leandro ou Paulo Rubem tenham qualquer poder.

Bem, vai ter que mostrar serviço. Mas se fizer um Governo de coalisão tem chance de se tornar uma figura importante na Política nacional. Nunca imaginei que Eduardo Campos podesse chegar ao Poder em Pernambuco. Mas está ai a chance. Outras pessoas podem achar Mendonça melhor e eu vou respeitar. Acho só uma incompetência muito grande a pessoa ter quatro anos para pensar e quando chega na urna anula o voto.

Gaste um dia se informando, mas me faça o favor de não votar nulo.

3.10.06

Rodolfo, a Casa de Tobias e o MST

Fui ontem para a defesa da monografia de Rodolfo. Um amigo e companheiro do gabinete de Roberto Leandro. Ele tinha me falado o tema no domingo: Direito de propriedade e o MST.

A Faculdade de Direito sempre me impressiona. Aquele prédio é lindo demais. Com uma pracinha no meio. É claro que aqueles estudantes ficam querendo ser caretinhas iguais aos professores. Acho que eu seguiria a tendência.

Até os professores mais progressistas fazem questão de tirar uma casquinha. A orientadora dele quando foi convidar Joba, que representava o MST, falou com bom humor.

- Essa casa tem pompa e ritual. A pompa eu acho desnecessária, mas o ritual quando dá para cumprir eu faço questão. Gostaria que Joba nesse momento venha para o meu lugar e assuma a presidência desta sessão.

Aquelas coisas simples que tornam uma coisa tão normal e cotidiana um pouco mais especial. Como quando Joba, ao final das explicações, levantou-se e pegou o chapéu que estava na mesa durante toda a defesa.

- Queria repetir com Rodolfo uma tradição que temos no MST para agradecer aquelas pessoas que comprovadamente demonstram um trabalho que venha a nos ajudar e engrandecer na luta pela conquista da Terra e por melhorias na condição de vida do nosso povo.

Ele colocou o chapéu e ficamos eu e Mariana do lado de cá quase a chorar.

Recebi um chapéu no dia em que a gente ajudou a acabar uma confusão entre os Sem-Terra e a PM, na marcha que iniciava o Fórum Social Brasileiro em Recife. Bem, não teve o mesmo significado. Ninguém havia me explicado nada.

Mas acabei me esquecendo de escrever o principal. Rodolfo é foda mesmo. Tirou 10. Até a professora que ficava criticando a invasão da Aracruz Celulose se rendeu ao discurso ideológico e apaixonado dele. E eu só fiquei pensando, cada geração tem o Zeca Cavalcanti que merece.

Da Casa de Tobias vai demorar a sair outra pessoa que me deixe com tanta vontade de ser advogado na vida.

Pastor Cleiton Collins

Tem uma reportagem no JC falando hoje sobre as pretensões do Pastor Cleiton Collins de sair candidato a prefeito de Jaboatão. Felizmente, ele não vai poder repetir a musiquinha triste que grudou na minha cabeça e mesmo depois de dias após o fim do guia eu ainda fico repetindo.

Na quinta passada, uma notinha no JC falou sobre esse fenômeno, mesmo sem o jornalista ter entendido o problema. Dizia que os protestantes tinham votos em lugares que ninguém imagina. Na eleição da Escola Recanto o resultado foi: Pastor Cleiton Collins - 134; Teresa Leitão - 13. Os outros ficaram com menos de 10 votos.

Só esse colunista não percebeu que deve ter sido a maior zona a eleição da Escola Recanto. A musiquinha fez a festa da pirralhada, que votou em peso para tirar onda. Não é que o fenômeno tenha se repetido na votação geral, mas teve um peso grande nos quase 90 mil votos que o Pastor teve.

Quando cheguei em Jaboatão domingo o cenário era o seguinte: as escolas cheias de gente, nenhuma propaganda por perto, exceto os santinhos que tinham sido jogados no chão no dia anterior por diversos candidatos. As pessoas me pediam o número dos candidatos do PT só de me ver com adesivo de Roberto Leandro.

O policiamento era pouco. Mas nem nossas lideranças estavam com os adesivos. Diziam estar com medo. Paulo Rubem nem fabricou. Os eleitores passavam procurando o número no meu peito. Duas vezes fui parado: 1 - Vou votar em Paulo e Roberto. Qual o número deles? 2- Sou PT desde criança. Qual o número de Renildo? Anota também o de Roberto Leandro para mim.

Só fiquei me lembrando de uma conversa que tive com uma jornalista duas semanas antes da eleição. Dizia que tínhamos duas músicas na campanha. Um frevo grudento e um forró bonito. E eu só decorava o frevo, apesar de tocar muito menos nos dois carros de som da campanha. Estava tudo errado.

Para terminar acabamos sem usar as musiquinhas no guia de TV. E ganhou o jingle que ficou na cabeça daquele povo. Também o fato do cara ser pastor deve ter funcionado para muita gente. Só me lembro desse número mesmo e ele deve ser honesto porque é crente...

Ps: Não vou ditar o jingle para tentar não jogar de novo essa praga na cabeça de ninguém.

2.10.06

Lula e Eduardo

Só para não deixar de falar. Vou votar e acho que eles se elegem. Mas não me representam. Foi melhor Humberto ter ficado de fora. Assim, o PSB continua com toda a força na campanha. Foi dos poucos bons resultados para o presidente, melhor que isso só a eleição da Bahia.

Ponderações eleitorais.

Paulo Rubem é um dos deputados federais menos votados que vão para o Congresso Nacional. Roberto Leandro por muito pouco ficou de fora e a Assembléia Legislativa fica ainda pior.

Quando eu saí da Prefeitura do Recife tomei como objetivo a eleição de ontem. Seria a chance de mostrar que o caminho (da extorsão, corrupção, manipulação e outros ãos) escolhido estava prejudicando o PT de Pernambuco. Ontem, ficou provado que eu estava errado. Eleitoralmente é muito melhor ser corrupto.

No começo do meu trabalho com Roberto Leandro achava insuportável o cuidado que ele tinha para criticar os adversários, e principalmente os próprios petistas. Cheguei a desconfiar que era um erro continuar lutando na merda e que havia uma chance em adotar outro partido. Mas tudo tem seus motivos.

Na derrota, eu tenho condições de olhar para o lado e dizer ainda bem que a gente ajudou a eleger Paulo Rubem. Ainda mais, porque isso mostra que é preciso um pouco de revolta mesmo para se fazer Política de forma séria. Não dá para enfrentar os fuzis, sem pelo menos fingir uma falta e de vez em quando dar um pontapé por trás.

Procuro olhar mais pelo lado positivo. Paulo Rubem foi eleito sem gastar nem um décimo do que qualquer outro candidato eleito deputado federal pelo PT. Eles não tinham adesivos nem para usar no dia da eleição. Circulei por Jaboatão toda, e não vi nada dele além dos santinhos que Roberto mandou fazer com o rosto dele.

Mesmo assim, foi o deputado mais votado naquele Município. Acredito que se a gente tivesse sabido usar a nova legislação teríamos ali garantido a eleição de Roberto. As pessoas me pediam o número de Paulo e Roberto quando eu estava na porta dos colégios eleitorais, porque eu era um dos poucos ali com adesivos deles.

Não vou nem falar muito das idéias que tive para utilizar nessa eleição. Mas a verdade é que a gente não acreditou que a nova legislação era pra valer. Estávamos muito bem até poucos dias atrás. E perdemos a eleição na semana passada e principalmente ontem.

A nova Legislação Eleitoral é boa. Venceu quem soube utiliza-la de forma inteligente. E quem ficou de fora precisa aprender a ouvir para poder vencer na próxima.

"A luta continua companheiro. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima", Roberto Leandro.