Fui ontem para a defesa da monografia de Rodolfo. Um amigo e companheiro do gabinete de Roberto Leandro. Ele tinha me falado o tema no domingo: Direito de propriedade e o MST.
A Faculdade de Direito sempre me impressiona. Aquele prédio é lindo demais. Com uma pracinha no meio. É claro que aqueles estudantes ficam querendo ser caretinhas iguais aos professores. Acho que eu seguiria a tendência.
Até os professores mais progressistas fazem questão de tirar uma casquinha. A orientadora dele quando foi convidar Joba, que representava o MST, falou com bom humor.
- Essa casa tem pompa e ritual. A pompa eu acho desnecessária, mas o ritual quando dá para cumprir eu faço questão. Gostaria que Joba nesse momento venha para o meu lugar e assuma a presidência desta sessão.
Aquelas coisas simples que tornam uma coisa tão normal e cotidiana um pouco mais especial. Como quando Joba, ao final das explicações, levantou-se e pegou o chapéu que estava na mesa durante toda a defesa.
- Queria repetir com Rodolfo uma tradição que temos no MST para agradecer aquelas pessoas que comprovadamente demonstram um trabalho que venha a nos ajudar e engrandecer na luta pela conquista da Terra e por melhorias na condição de vida do nosso povo.
Ele colocou o chapéu e ficamos eu e Mariana do lado de cá quase a chorar.
Recebi um chapéu no dia em que a gente ajudou a acabar uma confusão entre os Sem-Terra e a PM, na marcha que iniciava o Fórum Social Brasileiro em Recife. Bem, não teve o mesmo significado. Ninguém havia me explicado nada.
Mas acabei me esquecendo de escrever o principal. Rodolfo é foda mesmo. Tirou 10. Até a professora que ficava criticando a invasão da Aracruz Celulose se rendeu ao discurso ideológico e apaixonado dele. E eu só fiquei pensando, cada geração tem o Zeca Cavalcanti que merece.
Da Casa de Tobias vai demorar a sair outra pessoa que me deixe com tanta vontade de ser advogado na vida.
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