Marcelo Pedroso disse que eu era o candidato a prefeito dele. Depois ele fudeu minha alma quando entregou que o presidente seria Pablo Holmes, mas de qualquer jeito gostei do diálogo. Eu disse que ia lançar uma candidatura a vereador em 2010 só que a resposta dele foi negativa porque o meu "perfil é de executivo". Sei não acho que isso é mais fruto da idéia verdadeira de que 98% dos vereadores são aproveitadores e que as Câmaras são gigantescos cabides de emprego. De qualquer maneira fiquei com vontade de escrever um pouco sobre política.
Administrar é difícil e o PT está aprendendo na prática. João Paulo conseguiu se recuperar nos dois últimos anos do mandato dele (e disso me orgulho), mas ainda falta muito para tudo aquilo que sonhávamos. Recife é uma cidade com boas experiências de gestões que começaram a mudar algumas coisas - não seria possível a valorização da Saúde que aconteceu na atual gestão petista sem uma semente que foi criada pelas gestões anteriores e especialmente por profissionais extremamente organizados que existem na Secretaria. Mas isso também complica no sentido de que as expectativas são grandes.
O Governo Federal é um caso bem mais complicado. A maioria da população não espera nada dos administradores do País, até porque as mudanças nas vidas das pessoas são entendidas como fruto muito mais dos governantes locais (que já não tem muito boa fama). Apesar de toda a onda vermelha de que a mídia falou ainda defendo a tese de que Lula se elegeu muito mais por conta da falta de crédito de todos os outros. Fernando Henrique teve um único legado que foi a estabilização da inflação, em média abaixo dos 10% ao ano. Lula precisa criar pelo menos um ponto para mostrar que realmente fez diferença na área social ou a reeleição vai deixar de ser certeza e passar a ser impossível.
A minha aposta seria uma ampla Reforma Agrária, com aprovação pelo Congresso Nacional de uma reestruturação no setor agrícola brasileiro. Mesmo que o País tenha três anos de crescimento como Antonio Palloci promete e me faz acreditar (sei lá, chegando a ultrapassar os 4% de média talvez) ainda acho que precisamos ver uma mudança de rumo social profunda (pelo menos em um setor). Rapidamente darei duas outras possibilidades que fariam muita diferença: início da implantação de Educação em dois turnos para o Segundo Grau (profissionalização, esporte, música) ou a criação de um serviço alternativo ao militar (Comunitário?), que passaria a servir como preparação para o mercado de trabalho desses jovens, que estariam ao mesmo tempo ajudando suas comunidades em diversos tipos de atividades.
Vou parar por aqui para ver se alguém consegue ler essa série toda. Se alguém chegou até aqui por favor registre. Mas outros textos virão.
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