Fui assistir Farenheight 9/11 domingo com Xandinho. Tenho que registrar: ele gostou bem mais do que eu. Mas o filme é absolutamente do caralho. O cara é questionador, mas não é um idiota qualquer. Ele acaba o filme suplicando que não se vote em Bush, mas não baixa a guarda uma vez sequer para dizer "os democratas são bonzinhos".
Xandinho ficou perguntando o que a gente podia fazer no mundo da gente depois de assistir um filme tão verdadeiro. Minha resposta foi um filme tão bom quanto. O cara é um gordinho que sabe vender o peixe dele e mora num País muito rico, mas começou trabalhando sem muito apoio e na verdade mostra que dá para fazer cinema com poucos recursos.
Nesta segunda, o guia de João Paulo veio com "a farsa de Cadoca" e eu fiquei realmente achando muito bom ter uma equipe que conseguisse dar uma resposta tão rápida a uma tentativa tão clara de manipulação. Não preciso explicar o filme de Michel Moore, porque todo mundo que lê esse blog tem condição de pagar um cinema e ver o filme (eu pelo menos não tinha idéia de muitas das coisas).
Mas vamos ao mundinho recifense. Cadoca conseguiu uns três depoimentos de moradores das palafitas reclamando da demora para conseguirem suas casas. O guia de João Paulo, no dia seguinte, trouxe o depoimento de uma delas. Ela contava que não queria falar mal do único Governo que fez alguma coisa por Brasília Teimosa, que estava ganhando o auxílio-moradia (R$157), mas que a esposa de Cadoca tinha prometido emprego e apoio jurídico para tirar um filho dela (tuberculoso) do Anibal Bruno.
Minha conclusão é simples. Cadito precisa pedir afastamento do Jornal do Commercio e assumir a responsabilidade da mãe dele no Guia de Cadoca. Sinceramente, esse negócio de falar de família dos outros é muito feio. Mas seria uma coisa duplamente ética e ele é um profissional tão bom que merecia se dar esse ato de orgulho e respeito aos leitores.
Sim. E tomara que Xandinho tenha oportunidade de editar umas coisas moral nos guias dos proporcionais do PT (TÁ DIFÍCIL!!!).
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