30.5.05

O ADVOGADO

Tão achando que na Muribeca não tem advogado. Eu também acho. Mas isso tudo pode ser preconceito da gente.

Conheci um advogado, que vou manter o nome em sigilo para não ser alvo fácil, lá no Engenho São Joaquim. Ninguém nunca afirmou que ele tenha se formado na minha frente, mas todos repetem que "ele diz que é".

De verdade eu sei que ele muito poderia fazer por aquele povo, apesar de recentemente ter sido demitido do cargo de chefe de gabinete do prefeito Newton Carneiro. Deve ter muito poder.

É sabido que o "bom velhinho" não freqüenta a Prefeitura de Jaboatão e na ausência... O engraçado é que logo depois da saída no "nosso advogado" a imprensa noticiou fartamente a primeira ida de Newton Carneiro ao seu ambiente de trabalho. Ainda estou esperando as notícias da segunda visita.

Mesmo depois de demitido o rapaz continua exercendo o poder de liderança daquela comunidade, atestado por todas as casas caiadas com o nome de Newton Carneiro.

Meu único contato pessoal com ele foi quando consegui a ida de uma equipe da TV Jornal para fazer reportagem sobre o (não) fornecimento de energia para as famílias do Engenho São Joaquim.

Postou-se ao lado de Dona Tereza (de quem falarei em breve) e se mostrou absolutamente chocado com tudo o que estava acontecendo ali. Na verdade fez da dona do boteco mais tradicional do local sua porta voz na televisão.

E foi embora sem dar nem mesmo um telefonema sobre a situação daquele pessoal. Quer dizer, pelo menos não com a intenção de resolver. Para tentar culpar quem investe no local pela falta de luz ele é capaz de falar pelo telefone e até ao vivo.

Quando ouvi a acusação fiquei com vontade de dar na cara dele, mas entendi que só faz uma coisa dessa quem pode. Me retirei do local e retiro o nome do nobre advogado desse texto.

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